"Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e nem luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes" (Apocalipse 21,4).

Neste momento de combate ao novo coronavírus, a solidariedade se tornou uma das principais armas contra a pandemia.

Muitos voluntários têm se mobilizado para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade social, idosos - mais suscetíveis a complicações da Covid-19 - e quem precisa de apoio psicológico. O que estamos observando é que a dor e o sofrimento global, provocado pela pandemia, tem despertado nas pessoas um intenso movimento de mudança interior, seja ele individual ou comunitário. Ou seja, estão nascendo novas perspectivas. Estamos valorizando mais as coisas, os eventos ordinários do dia a dia e as pessoas. Podemos afirmar: do fundo da dor estão emergindo novas possibilidades de ressignificação e de descoberta de novos sentidos às questões cotidianas.

O momento é doloroso e sombrio, mas, por outro lado, podemos sentir o pulsar da vida convocando as pessoas a dar uma resposta pessoal e comunitária de alta qualidade. Para quem tem fé e esperança nada é por acaso. Estamos diante não somente de uma pandemia, mas de uma professora que pode nos ensinar a sermos pessoas melhores, mais humanizadas e livres de tudo aquilo que nos amarram.

Texto de autoria de Irmão Luís Barros.